Pais e Filhos
São muito poucas as pessoas que num determinado momento da sua vida (normalmente depois de lhes ter sido recusado um pedido ou depois de um açoite mais ou menos bem dado) não teve uma ou outra desavença com os pais.
Confesso que nunca tive GRANDES problemas com os meus, não porque eles me deixassem fazer tudo, mas porque eu muito poucas vezes quis fazer mais do que achava que devia. Ainda assim, os conceitos de “razoável” vão variando conforme o tempo vai passando pelas pessoas. E uma coisa que me parecia normalíssima aos 15/16 anos, para os meus pais era simplesmente inaceitável, daí o “conflito de gerações” de que tanto se fala, e que normalmente acabava com lágrimas no meu quarto. Isto intensifica-se quando entre pais e filhos há uma diferença de idades de mais ou menos meio século…
Longe de me sentir velha, tenho que reconhecer que, à medida que os anos passam, a aproximação entre nós é maior, e no meu caso houve cedências de parte a parte que fizeram com que a nossa relação se estreitasse. E penso que isso se torna cada vez mais normal, à medida em que vamos interpretando os papéis que toda a vida os vimos interpretar: marido/mulher, mãe/pai…
Deu-me para pensar nestas coisas a partir do momento em que deixei os meus pais no aeroporto para uma viagem longínqua de um mês, durante o qual, devido à distância (e ao preço e dificuldade das telecomunicações) não vamos poder falar com muita frequência – eu, que nunca estive mais de dois ou três dias sem falar com eles!!
Pronto, já deu para perceber que sou a menina dos papás (a “caçula”) e que vou ter um mês bastante complicado.
Estou oficialmente carente e a contar os dias para que chegue o dia 20 de Agosto!
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