Já te contei?...

Porque há coisas que às vezes ficam por contar...

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Presença constante

Estranhei quando recebi a carta e a letra que vinha no envelope não era a dela. Mas o carimbo dos correios não enganava. Era mesmo de lá. Fiquei sem vontade de abri-la. Percebi logo o que poderia vir lá dentro. E não queria. Não podia ser...

Ao mesmo tempo, a esperança de estar enganada levou-me a espreitar lá para dentro. Mas não me tinha enganado. Era verdade.

Não consegui evitar e imediatamente desatei num choro compulsivo, enquanto vários episódios me passavam pela memória. Alguns bem recentes, muito felizes, num dos dias mais importantes da minha vida, no qual ela fez questão de estar comigo. Sempre com um sorriso doce, uma bondade infinita, uma generosidade enorme, e uma simpatia que se fazia notar...

Acompanhou-me à distância, mas marcou presença ao longo de toda a minha vida. Estava sempre lá, e eu sabia. Era alguém que merecia todo o respeito, consideração e afecto.

E de quem eu já sinto muita falta.

2 Comments:

At quarta-feira, janeiro 24, 2007, Anonymous Anónimo said...

Conheço-te desde miúdas, desde uma altura em que a vida era descomplicada, em que eramos simplesmente felizes, felizes sem mas...
Necessariamente crescemos e apesar de todas as experiências maravilhosas que temos passado, esse crescimento implica o envelhecimento dos que nos rodeiam... É cruel, esta tristeza inevitável que nos faz querer voltar a ser criança.
Reenvio os beijos e carinhos

 
At quarta-feira, janeiro 24, 2007, Blogger Náná said...

Obrigada... Eu sei que posso contar sempre contigo e com o teu apoio.

Apesar dessa tua fachada de mau feitio (e que tu muitas vezes cultivas), sei que és uma mulher adorável, afectuosa e amiga. E quem te conhece bem também sabe.

E tu sempre me ouviste falar dela (muitas vezes até à exaustão!)...

 

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