ja vamos com 4 dias sem nenhum novo artigo... sinto-me só e desactualizada... :P a 650 klms de distancia, as noticias so chegam atraves de ti... vá vá, toca lá a escrever!! :) besos niña :)
Tanto tempo que passou, tantas Primaveras. Uma sobrinha nossa, pequenina, vinha connosco no carro e perguntou: Já não me lembro a propósito de quê "Tia Lai quem é a prima Vera ?" Claro que a prima Vera não existia.
Porque não em português ? -- Sentir calor e frio e vento E não ir mais longe
Uma vez amei, julguei que me amariam Mas não fui amado Não fui amado por aquela grande razão Porque não tinha que ser
Consolei-me voltando ao sol e à chuva E sentando-me oura vez à porta de casa Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados como para o que o não são
Quando tornar a vir a primavera Talvez já não me encontre no mundo Gostava agora de poder julgar que a primavera é gente
Para poder supor que ela choraria Vendo que perdeu o seu único amigo Mas a primavera nem sempre é uma coisa É uma maneira de dizer Nem mesmo as flores tornam às folhas verdes Há outros dias suaves Nada torna, nada se repete, porque tudo é real
Quando vier a primavera Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada
3 Comments:
ja vamos com 4 dias sem nenhum novo artigo... sinto-me só e desactualizada... :P a 650 klms de distancia, as noticias so chegam atraves de ti... vá vá, toca lá a escrever!! :) besos niña :)
Tanto tempo que passou, tantas Primaveras.
Uma sobrinha nossa, pequenina, vinha connosco no carro e perguntou:
Já não me lembro a propósito de quê
"Tia Lai quem é a prima Vera ?"
Claro que a prima Vera não existia.
Porque não em português ?
--
Sentir calor e frio e vento
E não ir mais longe
Uma vez amei, julguei que me amariam
Mas não fui amado
Não fui amado por aquela grande razão
Porque não tinha que ser
Consolei-me voltando ao sol e à chuva
E sentando-me oura vez à porta de casa
Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados como para o que o não são
Quando tornar a vir a primavera
Talvez já não me encontre no mundo
Gostava agora de poder julgar que a primavera é gente
Para poder supor que ela choraria
Vendo que perdeu o seu único amigo
Mas a primavera nem sempre é uma coisa
É uma maneira de dizer
Nem mesmo as flores tornam às folhas verdes
Há outros dias suaves
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real
Quando vier a primavera
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada
Alberto Caeiro
É o meu heterónimo
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