Isto há dias…
Acordei mais cedo. Tomei banho mais rápido. Sequei o cabelo em 5 minutos (ok… 10 minutos). Vesti-me à velocidade de um furacão. Fiz uma maquilhagem às três pancadas. Calcei aquelas botas que dizem ter um salto de 5 cm (mas a mim ninguém me convence que tem menos de um metro e meio!). Pus um iogurte na mala para beber pelo caminho. Fechei todas as janelas e preparei-me para sair.
Nem queria acreditar! Consegui despachar-me mais cedo! Ena, ena! Provavelmente ainda apanho o barco das 9.20 – pensei. Saio de casa, chamo e elevador e… CLUNC! Fecho a porta. FECHO A PORTA?! A CHAVE! A chave de casa ficou dentro da mala que trazia ontem. Ainda há pouco passei tudo para esta mala e esqueci-me do bolso das chaves! Entenda-se: chaves de casa e chaves do carro. Aquela coisa que eu utilizo para me deslocar nos cerca de 10km que separam a minha casa da estação dos barcos! Oh nããããão!!!
E como o que não tem remédio, remediado está, pus-me a caminho da paragem de autocarro (que fica a quase 10 minutos a pé de minha casa) do alto dos meus cinco centímetros de salto. Mais outros tantos minutos e lá apareceu o dito autocarro. Foi tão grande a emoção de voltar a aventurar-me num TêCêBê que nem me lembrei que o “17” não vai para o terminal. Meia hora depois de ter saído de casa (com uma inversão de marcha pelo meio, feita pelo motorista depois de SE TER ENGANADO NO PERCURSO – para desespero dos utentes) estava no centro do Barreiro, já consciente que teria que trocar de autocarro. Não me tinha lembrado ainda é que não tenho passe dos TêCêBês e que já tinha pago € 1,20…
Lembrei-me desse pormenor já depois de outros 10 minutos à espera de outro autocarro, onde teria de pagar outro € 1,20. Já desesperada, e irada com a minha distracção e avareza (afinal era só mais € 1,20!), já sem hipótese de apanhar sequer o barco das 9.50, decidi ir a pé.
Mais 15 minutos de longa caminhada. Obviamente que uns saltos de metro e meio fazem tudo menos ajudar a caminhar sobre paralelepípedos e atrasaram ainda mais o percurso. Para além de que uma senhora É uma senhora e nunca perde a postura. Para conseguir manter-me elegante naquele caminho tortuoso, tinha que dar passinhos de bebé, não só para não entortar um pé, como para me equilibrar. Senti que qualquer tartaruga que passasse por mim naquele momento me daria uma volta de avanço em qualquer circuito de automobilístico internacional…
Enfim. Cheguei ao terminal, estoicamente, a pontos de ainda apanhar o barco das 10.20. Espero que me vão buscar no regresso…
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