De passagem
Gosto de andar pelas ruas... Gosto de olhar para as pessoas.
Perco-me em pensamentos sem sentido, imaginando em que estarão elas a pensar, o que é que terão para fazer, para onde vão, se estão atrasadas…
Gosto de ouvir fragmentos de conversas para construir realidades inexistentes. Escrevo histórias mentais a partir de um simples “mas eu sempre lhe disse que assim não resultaria…” ou “já sabes, ele não muda…”.
Paro na banca dos jornais e ouço a vendedora a tentar convencer a vizinha forreta de que “se comprar de uma vez seis pratos de sopa que vêm com a Caras, fica logo com seis pratos de doce de oferta!”.
Ajudo o transeunte (regozijo!! - LOL!!) perdido a encontrar a bomba de gasolina - que fica do outro lado do jardim - onde o seu amigo o espera.
E, mais uma vez, detenho-me a observar as caras. A natureza surpreende-me com a sua capacidade de criar milhares de milhões de traços que nos diferenciam uns dos outros. Narizes, olhos, bocas, tons de pele, cabelos…
Gosto destes dias de sol, mesmo que esteja frio. A claridade aviva-nos os sentidos…
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