Já te contei?...

Porque há coisas que às vezes ficam por contar...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

... vida nova (que é como quem diz, concretização de um final anunciado).


Não sabia como começar, mas já sei. Digo-te que começo a escrever este post, com o ritmo do coração acelerado e com as pernas a tremer. É um momento importante (e doloroso) para mim. Como é que te posso explicar... Sinto-me a aconchegar um filho antes de ele dormir. Mas desta vez, para sempre.

E por isso apetece-me dar-te um longo beijo e apertar-te nos meus braços. E ficar assim. A recordar cada palavra, cada som, cada imagem. Disse-te desde o início que ia fazer de ti o meu espaço de tagarelice, mas quando já nem sequer há muito para contar, não faz sentido continuar a alimentar-te, quase a soro... Manter-te vivo por egoísmo.

Termino. Porque quero ter uma memória feliz do tempo que passei contigo. Porque me chateia vir picar o ponto só para te dizer que não tenho tempo para ti. Porque os feedbacks também escasseiam e, afinal, tu precisavas de atenção...

E porque é uma vida nova que quero. E nesta vida nova preciso de mais espaço só para mim. Não te consigo ter como gostaria. E a certa altura, mesmo quando muita coisa acontece, sinto-me culpada por não poder te poder vir contar. Por essa razão, prefiro deixar-te.

Mas tenho-te comigo. Fazes parte de mim. És um pedaço da minha vida. Contigo partilhei alegrias, tristezas, desabafos, coisas de nada e momentos importantes. Aconteceu estar a viver experiências e imaginar como é que tas ia contar. Foste um veículo de mim para muitos amigos, conhecidos e desconhecidos.

Foram quase dois anos que guardo agora numa prateleira, para te ir buscar sempre que tiver saudades. E vou ter. Muitas, certamente.

Obrigada a todos. Obrigada a ti.

Ano Novo...

E começa um novo ano. 2008. Altura de balanços em relação ao ano que passou e projectos para o que começa...

Devo confessar que, mesmo com algumas coisas boas que me aconteceram, e ao contrário de 2006, este ano foi um dos piores da minha vida. Felizmente, poderei dizer. Porque se o que me aconteceu este ano é o pior que já me aconteceu, posso dar-me por uma pessoa feliz. A verdade é que noutros anos houve acontecimentos isolados que, por si, foram muito maus, mas que acabaram por ser compensados por outros.

2007, não. Foi um ano de mudança, de despertença (eu sei que a palavra não existe, mas é a única que consegue caracterizar o que quero dizer) de insegurança, de luta (no sentido liberalista), de algumas vitórias que não pude festejar e que por isso se tornaram menores, de prova, de descoberta (de mim e dos outros), de despedidas e de reencontros. De saudades de coisas que estavam perto.

De cansaço... de cansaço. Estou cansada.

Uma nova mudança aproxima-se na minha vida. De emprego e de vida. Porque preciso desprender-me do que tenho sido e voltar a ser eu. Aquela que começou o "Já te contei?...". Aquela que tu conheces bem.

Feliz 2008.

Paris c'est toujour Paris...

Depois de uns preparativos para a viagem um pouco atribulados (para não dizer impróprios para cardíacos), eis que finalmente me vi sentada no avião rumo à "cidade luz". Não estou a exagerar quando digo que até ao último minuto a viagem esteve para não acontecer. Depois de todos os obstáculos, até o carro avariou na Ponte Vasco da Gama, a meia hora de fechar o check-in!!! Só a mim...

Pela segunda vez na capital francesa, voltei desta vez com uma imagem diferente da primeira. Sem dúvida apreciei muito mais, dei mais importância a certos pormenores mas percebi que outras coisas não eram tão fascinantes como trazia na memória. De qualquer modo, Paris é um charme. É imponente. Cheira a história. Respira glamour. As avenidas, os bairros, o Sena, os monumentos, Versailles... É tudo deslumbrante.

Precisava de mais uma semana para poder ver tudo o que queria, para passear nos jardins, para ficar nas esplanadas a ver a multidão passar. Mas faltou-me tempo. Andei quilómetros e quilómetros. Entrei no metro, saí dos comboios, passei pontes... valeram-me os ténis de caminhada, senão a esta hora estaria desgraçada (ainda mais do que estou)!

Foram cinco dias extremamente cansativos, mas bons para desanuviar. Uma espécie de recauchutagem... Vim como nova. Agora só preciso de descansar. ;)

Sou fã de Paris. Mas continuo a preferir Londres.

PS - A foto é da minha autoria.