Já te contei?...

Porque há coisas que às vezes ficam por contar...

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Stasha #2

Agora que já consigo (pelo menos) pensar em comida, tenho que te falar deste restaurante que fica no Bairro Alto...

Quando se entra, parece (e, de facto, é) um sítio muito agradável, giro, "cosy", onde apetece estar. Mas quando aparece uma empregada descabelada e interactiva (o pior que me pode aparecer num restaurante) que nos chamou desde bébés, amores, e que a mim até me chamou de "menina jolie", entre outras saídas que nem vale a pena citar - uma miúda da minha idade, imagine-se!! - a história começa a mudar de figura. Estes espaços, se querem ter qualidade, têm, desde logo, de ter pessoal com formação para receber e tratar de igual modo todo o tipo de clientes, seja uma reunião de engravatados, seja um grupo bem disposto de gente jovem (que era o nosso caso), sem se esticarem demasiado...

Como aperitivo, decidimos tomar umas caipininhas / caipiroscas, que se revelaram um fiasco. Para além de virem num copo enorme (tipo aqueles de leite que têm capacidade para meio litro), o gelo não vinha picado, o que fez com que bebesse cachaça quase pura (acho que havia um pouco de lima, mas o açucar mal se sentia). Comecei logo a funcionar a 33 rotações.

Havia um paté muito bom (acho que foi a única coisa muito boa em todo o jantar), que degustámos com o pão que era previamente aquecido no forno e que foi um bom aconchego para o estômago. O queijo de Azeitão também era bom, mas isso é-o em qualquer lugar. Se soubesse agora, tinha investido nas entradas e ficava por ali...

A ementa pareceu-me, desde logo, bastante inovadora. Pratos com alguma imaginação (a ver pelo nome) e até (pensei eu), algum requinte... Pedi um prato que se chamava qualquer coisa como "Lombinhos com queijo de cabra e molho de frutos silvestres", que se afigurava o mais apetitoso. ERRO! Foi simplesmente a coisa mais enjoativa que alguma vez comi. HORRÍVEL!

Tentei emendar a mão, comendo um pouco do "Bacalhau à Stasha" que, apesar de comestível (ok, até era bastante razoável), era insuficiente para superar o enjoo causado pelo primeiro prato... Juntando a isto, uma sangria de champanhe que mais parecia sumo de maracujá com álcool... Enfim...

A escolha dos pratos pode não ter sido a melhor, mas depois de pesquisar na internet informação sobre o dito espaço, alguém disse que depois de ter mudado o cozinheiro, a qualidade nunca mais foi a mesma. Talvez seja por aí.

Só sei que pagámos 25€ por pessoa, comemos mal, fomos mal atendidos e ainda fiquei mal do estômago durante todo o fim-de-semana!!

Ainda queres lá ir??...

domingo, 29 de outubro de 2006

Para curar os males da barriguinha...

... nada melhor que uma canja de galinha!

Desgraçaram-me! A ressaca deu origem a uma má disposição tremenda que ontem me deixou de cama o dia todo com aqueles sintomas (e efeitos) resultantes de uma má digestão... e que só não descrevo porque este é um blog asseado!

Espero que, pelo menos, o facto de não conseguir comer nada há mais de 24 horas faça com que eu consiga emagrecer uns gramas... (Valha-me isso!).

sábado, 28 de outubro de 2006

Alberto Caeiro

Sentir calor e frio e vento
E não ir mais longe

Uma vez amei, julguei que me amariam
Mas não fui amado
Não fui amado por aquela grande razão
Porque não tinha que ser

Consolei-me voltando ao sol e à chuva
E sentando-me outra vez à porta de casa
Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados
como para os que o não são

Quando tornar a vir a primavera
Talvez já não me encontre no mundo
Gostava agora de poder julgar que a primavera é gente

Para poder supor que ela choraria
Vendo que perdeu o seu único amigo
Mas a primavera nem sempre é uma coisa
É uma maneira de dizer
Nem mesmo as flores tornam às folhas verdes
Há outros dias suaves
Nada torna, nada se repete, porque tudo é real

Quando vier a primavera
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada

Stasha #1

Uma caipirona (com meio litro nunca podia ser caipirinha) e três copos de sangria de champanhe.

Resultado: alegria instantânea, mas uma ressaca descomunal no dia seguinte (que por acaso é hoje).

Eu não aprendo! :(

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Fui pesquisar...

Aríete
do Lat. ariete, carneiro

s. m.,
antiga máquina de guerra constituída por um forte tronco de freixo ou árvore de madeira resistente, com uma testa de ferro ou de bronze a que se dava em geral a forma da cabeça de carneiro.

Os aríetes eram utilizados para romper portas e muralhas de castelos ou fortalezas.

AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA...

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Quem diria...

Agora que descobri como isto se faz, vou ter que voltar às músicas todas e inserir os videoclips para poderes ouvir as músicas!! Oh que chatice!!



You took my hand
You showed me how
You promised me you'd be around
Uh huh
That's right
I took your words
And I believed
In everything
You said to me
Yeah huh
That's right

If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them up
Cause they're all wrong
I know better
Cause you said forever
And ever
Who knew

Remember when we were such fools
And so convinced and just too cool
Oh no
No no
I wish I could touch you again
I wish I could still call you friend
I'd give anything

When someone said count your blessings now
For they're long gone
I guess I just didn't know how
I was all wrong
They knew better
Still you said forever
And ever
Who knew

Yeah yeah
I'll keep you locked in my head
Until we meet again
Until we
Until we meet again
And I won't forget you my friend
What happened

If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them out
Cause they're all wrong and
That last kiss
I'll cherish
Until we meet again
And time makes
It harder
I wish I could remember
But I keep
Your memory
You visit me in my sleep
My darling
Who knew

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Diz que...

Li isto por aí, e achei que devia partilhar:

"Todos os dias ao sair de casa dou de caras com um anúncio que me deixa logo mal disposta até aí às três da tarde. É da clínica Persona e tem esta brilhante tirada publicitária: "os homens não gostam de celulite". É que,de facto, era este o agumento que me faltava para eu pôr fim à celulite que se instalou no meu rabo sem qualquer espécie de permissão.

Eu até gosto de ter celulite, adoro!, faço os possíveis por ter sempre mais e mais... ah, mas espera lá, se os homens não gostam, então eu vou já pagar um tratamento de 500 contos na Persona para ficar sem celulite!!

A sério, senhores que fizeram esta campanha, acham mesmo que este tipo de terror psicológico barato faz efeito numa mulher??? Se o anúncio dissesse "mulheres com celulite não entram na Zara", aí sim, era ver-me a correr para a Persona, primeiras, primeiras!

Agora, "vejam lá se tratam disso que os homens não gostam", temos pena, mas não pega!

Se formos a ver, também há muita coisa que as gajas não gostam, e nem por isso espalhamos outdoors gigantescos pela cidade. Sim, porque senão já estou a imaginar os possíveis anúncios:

- ELAS não gostam de pilas pequenas;
- ELAS não gostam de pêlos a mais;
- ELAS não gostam do resultado de "campeonato nacional+liga dos campeões+taça uefa+taça de Portugal";
- ELAS não gostam de sexo oral sofrível e insuficiente;
- ELAS não gostam que cocem os tomates (muito menos em público);
- ELAS não gostam (nem acham sexy) as barrigas de cerveja;
- ELAS não gostam de tampas da sanita levantadas;
- ELAS não gostam de ejaculação precoce;
- ELAS não gostam que cortem as unhas dos pés em cima da mesa da sala;
- ELAS não gostam de mãozinhas sapudas (e pouco hábeis);
- ELAS não gostam das amigas deles e das ex-namoradas, essas, nem falar;
- ELAS não gostam de slips nem de boxers com ursinhos;
- ELAS não gostam de atrasados emocionais;

Se os homens deste País se deparassem com estas publicidades, tentariam resolver algumas das questões apontadas? Não, pois não?

Então deixem lá mas é a nossa celulitezinha sossegada e não nos obriguem a andar com uma régua na mala!

Tenho dito."

Como diria a outra... "Gosto de ser mulher!" LOL!

Quem não se sente...

... não é filho de boa gente.

domingo, 22 de outubro de 2006

World Trade Center

Mais um filme "à la Amaricana", mas desta vez, desaconselhado para claustrofóbicos (que é o meu caso), visto que cerca de metade do filme mostra dois "NYPD Cops" literalmente encalhados de baixo dos escombros das extintas torres gémeas.

A não ser pelo factor psicológico, não se pode considerar um filme por aí além, com representações fraquinhas, mesmo do Nicholas Cage, que - coitadito - passa grande parte do tempo com uma viga em cima sem se poder mexer!

OBVIAMENTE que aparece um US Marine para, com o seu espírito patriótico, descobrir os senhores e tirá-los de lá, juntamente com mais cerca de 800 bombeiros e polícias (imagino quem estaria a tentar decobrir outras pessoas/corpos debaixo dos escombros...).

sábado, 21 de outubro de 2006

Back to 2005...



Now it seems to me
That you know just what to say
Words are only words
Can you show me something else?
Can you swear to me that you'll always be this way
Show me how you feel
More than ever baby

I don't wanna be lonely no more
I don't wanna have to pay for this
I don't want to know the lover at my door
Is just another heartache on my list

I don't wanna be angry no more
You know I could never stand for this
So when you tell me that you love me know for sure
I don't want to be lonely anymore

Now its hard for me with my heart still on the mend
Open up to me, like you do with your girlfriends
And you sing to me and it's harmony
Girl, what you do to me is everything
Make me say anything; just to get you back again
Why can we just try

What if I was good to you, what if you were good to me?
What if I could hold you till I feel you move inside of me?
What if it was paradise, what if we were symphonies?
What if I gave all my life to find some way to stand beside you?...

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

O mundo ao contrário #2

Nada como uma gargalhada (ou só um sorriso, pronto!) para enfrentar um dia como o que vai lá fora...

"Fim de tarde, um ginecologista aguarda sua última paciente que não chega. Depois de 45 minutos, ele supõe que não virá mais, e resolve tomar um gin tónico para relaxar antes de voltar para casa.
Instala-se confortavelmente numa poltrona e começa a ler o jornal quando toca a campainha. É a doente que chega e, olhos cheios de lágrimas, pede desculpas pelo atraso. - Ora essa, não tem importância! - responde o médico.
Olhe, eu até estava a tomar um gin tónico enquanto esperava. Quer também um? - Aceito com prazer - responde a doente mais aliviada.
Ele serve-lhe a bebida, senta-se à sua frente e começam uma conversa amena.
De repente ouve-se um barulho de chave na porta do consultório.
O médico dá um salto, levanta-se bruscamente e diz:
É a minha mulher! Rápido, dispa-se, deite-se na mesa e abra as pernas!"

200!!!


Can´t believe!

O "Já te contei?..." celebra neste momento a bonita marca de 200 posts!

Mas não me apatece fazer balanços. Está a chover lá fora e eu não gosto de chuva. Estraga-me o brushing!

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Tempestade



Parece que os anjos estavam pouco contentes esta noite. Isto de haver discussões no andar de cima prejudica sempre os vizinhos de baixo...

Acordar a meio da noite com o barulho da trovoada... Valha-me Deus!

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Depois de tanto tempo...

... a unha caiu.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Feitiço



Eu gostava de olhar para ti
E dizer-te que és uma luz
Que me acende a noite
me guia de dia e seduz

Eu gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
ter o céu como fundo
ir ao fim do mundo e voltar

Eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço, O que é que me deu?
para gostar tanto assim de alguém como tu

Eu gostava que olhasses para mim
E sentisses que sou o teu mar
Mergulhasses sem medo um olhar em segredo
Só para eu te abraçar

O primeiro impulso, é sempre mais justo
É mais verdadeiro.
E o primeiro susto, dá voltas e voltas
Na volta redonda de um beijo profundo

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

O mundo ao contrário

Cada sexta-feira 13 tem a sua véspera, a chamada "quinta-feira 12" (pois, eu sei que nunca ninguém tinha pensado nisto, mas é para isso mesmo que serve o "Já te contei?..."). E esta foi, sem dúvida, inesquecível... pelo menos para quem esteve em Lisboa.

Num momento em que a sociedade portuguesa está claramente insatisfeita, a manifestação de cerca de 80 mil funcionários públicos e mais alguns transeuntes (regozijo sempre que posso utilizar esta palavra!) pelas ruas de Lisboa não podia ter sido melhor exemplo. De facto NUNCA tinha visto Lisboa assim.

Tenho a sorte (ou o azar) de trabalhar num ponto que fica mais ou menos entre a Av. da Liberdade e a Praça de S. Bento - que foram respectivamente o ponto de partida e o ponto de chegada da manif - o que fez com que todas as ruas aqui à volta, sobretudo a que vai do Cais do Sodré ao Largo do Rato, ficassem totalmente intransitáveis. A 24 de Julho estava, às 19.30, BLOQUEADA.

Estranho isto, quando o Governo é SOCIALISTA... Não era suposto estes Senhores lutarem pelos direitos sociais, pela igualdade, a favor dos desfavorecidos?... Sei lá... Pensei... Há muitos anos que não via tanta contestação! Ou então, como me dizem várias vezes, já não me lembro...

E eu que até estava a concordar com algumas políticas do Sócrates...

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Atalhos

Diz que na Dinamarca, a tendinite causada pelo uso do rato foi oficialmente considerada doença laboral, podendo os trabalhadores pedir uma indemnização à entidade patronal, sacando-lhes a responsabilidade pelo uso excessivo deste utensílio informático.

Se a ideia se estende a Portugal, qualquer dia, nas entrevistas de emprego, vamos ter que saber tudo isto, e muito mais, de cor…

Abrir – CTRL + F12
Abrir o dicionário de sinónimos – SHIFT + F7
Alinhar texto à direita – CTRL + H
Alterar maiúsculas e minúsculas – SHIFT + F3
Alternar com outros documento abertos CTRL + F6
Colar – CTRL + V
Copiar – CTRL + C
Cortar – CTRL + X
Desfazer – CTRL + Z
Diminuir tamanho da janela - CTRL + F5
Fechar - CTRL + F4
Formatar tipo de letra – CTRL + D
Excluir uma palavra – CTRL + BACKSPACE
Imprimir – CTRL + P
Inserir um hiperlink – CTRL + K
Ir para o fim do documento – CTRL + END
Ir para o início do documento – CTRL + HOME
Itálico – CTRL + I
Justificar texto – CTRL + J
Localizar e substituir – CTRL + L ou U
Negrito – CTRL + N
Novo documento CTRL + O
Pré-Visualizar – CTRL + F2
Repetir a última acção – F4
Salvar – CTRL + G
Seleccionar até o fim do documento – CTRL + SHIFT + END
Seleccionar até o início do documento – CTRL + SHIFT + HOME
Seleccionar tudo – CTRL + T
Sublinhado – CTRL + S
Vai para início da página seguinte – ALT + CTRL + Y
Abre caixa de formatação de tipo de letra – CTRL + D

Enquanto não vai sendo obrigatório, podes ir poupando o tendão… Há muitos mais atalhos, isto é só um pequeno exemplo… Dá sempre jeito!

CTRL + G / CTRL + F4!

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Anita

Se há um ícone, uma referência, uma lembrança da minha infância, é, sem dúvida, a Anita.

Não sabes quem é a Anita???

A Anita é uma rapariga para os seus 40 anos, ainda que tenha aparência de mais ou menos 7 aninhos. A sua origem é Belga, e nesse país tem uma “prima-irmã” 12 anos mais velha, mas que tem exactamente a mesma aparência e que faz precisamente as mesmas coisas que ela, a Martine (isto há coisas…). Os seus criadores, Marcel Marlier e Gilbert Delahaye não podiam ter escolhido melhor título para inserirem a sua menina no mercado da literatura portuguesa em plena década de 60: “Anita dona de casa”!!!

Lembro-me que devorava os livros da Anita. Passava horas no quiosque que o meu pai tinha e lia todas as novas edições: Anita na praia, Anita vai às compras, Anita está doente, Anita no carrossel… Ainda não andava na escola e já lia aqueles livros coloridos que fizeram sonhar gerações e gerações de meninas. (Isto só para dizer que já sabia ler antes de entrar para a escola, topas?)

Mas agora, aos 25 anos, (quase em idade adulta!) sinto-me sem uma referência que me faça querer seguir o seu caminho. Já pensei em fazer um abaixo-assinado para mandar ao Sr. Marlier, com sugestões de evolução para a Anita, que encaixe nos vários gostos das meninas (algumas agora senhoras) que cresceram a ler as histórias da menina coquete.

Sei lá… “Anita no Blogspot”, “Anita na Zara”, “Anita na fila para fazer os pagamentos da Segurança Social”, “Anita na Faculdade de Belas Artes”, “Anita num centro de reabilitação para toxicodependentes”, “Anita na esteticista”, “Anita numa entrevista para emprego”, “Anita no McDonalds”, “Anita vai à consulta de Planeamento Familiar”, “Anita põe unhas de gel”, “Anita no Lux”, “Anita no Salão Erótico de Lisboa”, ou para as mais entradotas, quem sabe, “Anita vai à cabeleireira pintar os cabelos brancos”, “Anita na Menopausa” ou ainda “Anita compra as suas primeiras Lindor Anatómicas”… enfim, uma infinidade de títulos que traria às mulheres do século XXI um novo fôlego.

Enquanto não recolho as assinaturas suficientes contento-me em ver a exposição que está no Centro Comercial Colombo. Podes visitá-la até ao dia 15 de Outubro.

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Isto há dias…

Acordei mais cedo. Tomei banho mais rápido. Sequei o cabelo em 5 minutos (ok… 10 minutos). Vesti-me à velocidade de um furacão. Fiz uma maquilhagem às três pancadas. Calcei aquelas botas que dizem ter um salto de 5 cm (mas a mim ninguém me convence que tem menos de um metro e meio!). Pus um iogurte na mala para beber pelo caminho. Fechei todas as janelas e preparei-me para sair.

Nem queria acreditar! Consegui despachar-me mais cedo! Ena, ena! Provavelmente ainda apanho o barco das 9.20 – pensei. Saio de casa, chamo e elevador e… CLUNC! Fecho a porta. FECHO A PORTA?! A CHAVE! A chave de casa ficou dentro da mala que trazia ontem. Ainda há pouco passei tudo para esta mala e esqueci-me do bolso das chaves! Entenda-se: chaves de casa e chaves do carro. Aquela coisa que eu utilizo para me deslocar nos cerca de 10km que separam a minha casa da estação dos barcos! Oh nããããão!!!

E como o que não tem remédio, remediado está, pus-me a caminho da paragem de autocarro (que fica a quase 10 minutos a pé de minha casa) do alto dos meus cinco centímetros de salto. Mais outros tantos minutos e lá apareceu o dito autocarro. Foi tão grande a emoção de voltar a aventurar-me num TêCêBê que nem me lembrei que o “17” não vai para o terminal. Meia hora depois de ter saído de casa (com uma inversão de marcha pelo meio, feita pelo motorista depois de SE TER ENGANADO NO PERCURSO – para desespero dos utentes) estava no centro do Barreiro, já consciente que teria que trocar de autocarro. Não me tinha lembrado ainda é que não tenho passe dos TêCêBês e que já tinha pago € 1,20…

Lembrei-me desse pormenor já depois de outros 10 minutos à espera de outro autocarro, onde teria de pagar outro € 1,20. Já desesperada, e irada com a minha distracção e avareza (afinal era só mais € 1,20!), já sem hipótese de apanhar sequer o barco das 9.50, decidi ir a pé.

Mais 15 minutos de longa caminhada. Obviamente que uns saltos de metro e meio fazem tudo menos ajudar a caminhar sobre paralelepípedos e atrasaram ainda mais o percurso. Para além de que uma senhora É uma senhora e nunca perde a postura. Para conseguir manter-me elegante naquele caminho tortuoso, tinha que dar passinhos de bebé, não só para não entortar um pé, como para me equilibrar. Senti que qualquer tartaruga que passasse por mim naquele momento me daria uma volta de avanço em qualquer circuito de automobilístico internacional…

Enfim. Cheguei ao terminal, estoicamente, a pontos de ainda apanhar o barco das 10.20. Espero que me vão buscar no regresso…

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Cinema em casa

Num fim-de-semana anormal no que respeita à actualização cinéfila, deixo aqui nota de dois dos filmes que vi:


“A Casa do Lago”
Mais um filmezeco daqueles dignos de Keanu Reeves e Sandra Bullock. Extremamente confuso e sem sentido, conta a história de duas pessoas que habitaram a mesma casa em alturas diferentes e começam a trocar correspondência. No entanto, acabam por perceber que vivem desfazados dois anos, ou seja, enquanto ela já está em 2006, ele ainda está em 2004. Pois, não dá para perceber. Eu, pelo menos, fiquei um pouco confusa (mas isso sou eu que tenho uns genes de loura…). Um romance fraquito.


“Vôo 93”
É daqueles filmes que nos fazem ficar com o estômago preso do início ao fim. Sobretudo se tivermos em mente que tudo o que acontece no filme, aconteceu na realidade (mais coisa, menos coisa). Como qualquer filme americano, tenta enaltecer a bravura dos americanos e a forma como os passageiros daquele avião sacrificaram as suas vidas para poupar um alvo que eles sabiam ser de extrema importância para a nação (termo que não é muito conhecido em Portugal…). God Bless América ;)

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sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Diferenças



AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH!!!

A propósito da série televisiva que me tem feito ficar acordada quase até à 1h da manhã (!!!)




Jura que não vais ter uma aventura
Dessas que acontecem numa altura
E depois se desvanecem
Sem lembrança boa ou má
E por isso mesmo se esquecem

Jura que se tiveres uma aventura
Vais contar uma mentira
Com cuidado e com ternura
Vais fazer uma pintura
Com uma tinta qualquer
Que o ciúme é queimadura
Que faz o coração sofrer

Jura que não vais ter uma aventura
Porque eu hei-de estar sempre à altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor é uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena
Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena

PS - Bem sei que não te lembras, mas era esta música que estava a tocar em modo "repeat" naquela noite...

terça-feira, 3 de outubro de 2006

O túnel

E eis que, depois de 7 longos anos, se vê, literalmente, a luz ao fundo do túnel. Mas que não se pense que é um graaaaande túnel... é um "tunelzinho"!

Refiro-me ao Terreiro do Paço e das infindáveis obras (há quem diga que já se pretende mudar a expressão "obras de Santa Engrácia" para "obras do Terreiro do Paço") empreendidas para expandir a rede de metro até Santa Apolónia.

Depois de terem desviado o percurso dos transeuntes cerca 7548 vezes, e mais umas 653 vezes no que respeita aos carros, esta semana encaminharam os carneiros (nós, os transeuntes - gosto tanto desta palavra) para um túnel. "Aaaaahhhh", foi a reacção geral. Um transeunte (desculpa, mas é que gosto mesmo da palavra!!) mais animado até gritou uns "vivas" e simulou um passo de dança que fazia lembrar qualquer coisa entre o Prince e o Bonga... um pagode! (Não, não foi nenhum dos senhores da fotografia).

E lá fomos (mééééééé) até ao outro lado do túnel. Enfim,até podes pensar que foi uma grande caminhada... Desengana-te. Uns meros 200 metros (com a devida margem, porque eu sempre fui péssima para calcular distâncias), que nos levam da saída do barco - antiga estação dos cacilheiros - até às primeiras arcadas do Terreiro do Paço.

E o povinho (e estou tentada a incluir-me na categoria) ficou maravilhado! Aquele mármore até fez esquecer os dias chuvosos e enlameados em que nos faziam dar a volta ao Campo das Cebolas, passar por dentro de Ministérios... enfim, águas passadas.

Falta agora o metro, porque na verdade, trata-se apenas de uma passagem que fica por baixo daquela que já foi uma das passadeiras mais atravessadas de Portugal e arredores ;) Nada mais... Esperemos.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Um mês

Correndo o risco de tornar o "Já te contei?.." uma seca, não posso de deixar de fazer uma reflexão (agora mais à distância) de um dos acontecimentos mais arrebatadores da minha vida: o meu casamento (o nosso, enfim...).

Há precisamente um mês atrás, fui inundada pelos sentimentos mais avassaldores que alguma vez passaram por mim. Não há dúvida que é um dia importantíssimo e inesquecível para qualquer mulher. Um dia que nos preenche e nos esvazia, nos acelera, nos faz tremer da cabeça aos pés, chorar, sorrir... A felicidade de ter todas as pessoas que adoras ao pé de ti, por tua causa e para estar contigo...

Mas há o outro lado. Há o que muda. No meu caso específico a mudança resumiu-se (em traços largos) à passagem da minha roupa das gavetas de casa dos meus pais para as gavetas daquela que há muito eu já considerava "a minha casa". Na verdade, há muito que estava casada. Há muito que partilhavamos objectivos, interesses, gostos, opiniões. Há muito tempo que construíamos o que temos hoje, e eu mal percebia.

Percebo agora, quando me perguntam: "E então, que tal é a vida de casada?"... Obviamente que um mês não será o espelho de uma relação que se presume para o resto da vida. Mas se fosse sempre igual ao primeiro mês, seria fantástico (pronto, mesmo sem os dez dias nas Maldivas - também não pode ser sempre!). Pelo menos tem sido muito parecido aos últimos anos, o que me parece um bom presságio!

Saldo positivo.