Já te contei?...

Porque há coisas que às vezes ficam por contar...

quinta-feira, 30 de março de 2006

Parece que já chegaram os dias de primavera...



Que delícia descer a Rua do Alecrim com o Tejo ao fundo e a claridade do sol da tarde a reflectir nos vidros dos cacilheiros... É uma paisagem digna de reter na memória. Atrevo-me a dizer que é quase poética...

E há mais gente nas ruas, que desaceleram o passo para aproveitar os dias mais longos. E andam mais alegres. E param nos cafés do Cais do Sodré para mais uma conversa de 10 ou 15 minutos! (ou será que já paravam e eu, na minha caminhada escura nem perdia tempo a reparar?) ... A diferença que faz, ver as caras das pessoas!

Até posso parar por mais tempo em frente à montra da loja de animais da Rua do Arsenal e namorar os meus gatxucos (tradução - gatos)! Até eles estão mais espertos... parece que fazem gracinhas de propósito para entreter os (muitos) curiosos que ali ficam especados.

Atravesso o Terreiro do Paço, ainda mais amarelo, cheio de turistas e de pessoas que voltam do trabalho...

e chego ao Barreiro ainda de dia... coisa rara!

Tem-me faltado...

... inspiração.

E, sobretudo, tempo!

terça-feira, 28 de março de 2006

A propósito do acontecimento europeu de logo à noite…

... ocorreu-me um episódio do grande concurso “A Amiga Olga” (quem não se recorda do estridente e inesquecível UAU!), dos idos primórdios da TVI, em que o Sr. António, depois de se ter decidido pela “Chave” ao invés do “Dinheiro”, tinha que responder a uma pergunta para ganhar o tão desejado e valioso prémio:
- Então Sr. António, para ganhar este magnífico prémio, só precisa de responder: Qual é a capital de Espanha????
- A capital de Espanha?... Aaaaaaa…
- Sim, Sr. António, vá lá!!
- Bem, a capital de Espanha… Ora… Aaaaa…
- Então eu vou dar uma ajuda: Ma…
- Ma… Ma… Ma… Marcelona!!!
- (…)

quinta-feira, 23 de março de 2006

What a difference a day makes...




Twenty-four little hours...
Brought the sun and the flowers
Where there used to be rain (...)

Não disseram que tinha chegado a Primavera???!!!

quarta-feira, 22 de março de 2006

Quase

Bem sei que o Dia Internacional da Poesia (isto há dias internacionais de tudo e mais alguma coisa...) foi ontem, mas tinha que deixar aqui um dos meus poemas preferidos, de um dos meus poetas preferidos, Mário de Sá Carneiro:


Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num baixo mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...

Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!

De tudo houve um começo... e tudo errou...
- Ai a dor de ser - quase, dor sem fim... -
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...

Momentos de alma que desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...

Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...

Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...

............................................................
............................................................

Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...

Paris, 13-5-1913

terça-feira, 21 de março de 2006

A minha primeira vez

Parece que foi ontem… e não é que foi mesmo?! Algo me dizia que ia ser um dia especial…

Saí de casa superatrasadíssima e voei no Mê Carro (já com escape novo, mas ainda com embraiagem por substituir) até à estação. Faltava tão pouco tempo para o barco partir… e não é que, por milagre (ou talvez não), mesmo antes da entrada para o parque – leia-se, fora do parque, à borliú – lá estava um lugarzinho, mesmo à minha espera!

Ahahahah… o mundo é dos espertos! Estacionei, fui a correr e apanhei o barco! Feliz da vida atravessei o Tejo e, sem saber, preparava-me para uma experiência única e desastrosa… que só se viria a revelar aquando do regresso…

Ao fim do dia, cansada, estafada, de rastos e a sonhar com a minha caminha, retornei à cidade amada para, pela primeira vez em 6 anos de carta (ok, não é assim tanto, mas…) encontrar um papelinho branco preso pela escova do limpa pára-brisas.

Buuuuááááááááa!

Durante breves segundos vi uma série de coisas passarem-me pela memória (aquelas calças da Mango, o Bilhete dos Depeche, as sandálias que vi no Fórum, a lingerie da loja da Nádia, o DVD dos Simply Red) enfim, todas aquelas coisas que pensei: não vou comprar porque não me apetece nada gastar dinheiro “nisto”. E agora estava ali, com aquele “papelinho branco” na mão, até que ganhei coragem para ler a sentença: 24,94 € devidos por estacionamento indevido, segundo o art.º 169.º do Código da Estrada.

O mundo é dos ricos.

Chegou a Primavera!



Hoje é o Dia Mundial da Árvore, o primeiro dia oficial da Primavera (que começou ontem). Lembro-me que por esta data íamos sempre com a D. Amélia plantar uma árvore e cantávamos aquela linda canção do Joel Branco "Uma árvore é um amigo, tralala lala lala"...

Recordações à parte, resta-me pensar no futuro. E como esta época promete, já reabasteci o carregamento de lenços de papel. Estão a chegar os dias de nariz encarnado e lágrimas a correr...

segunda-feira, 20 de março de 2006

Enhorabuena!!

Escrevo para ti, que chegaste cansada do trabalho e que procuras um sorriso. Para ti que estás ansiosa e preocupada com tantos preparativos e com o aproximar da data. Para ti que olhas à volta e apesar de já ter passado tanto tempo, tudo é novo, parecendo que nada é teu. Para ti que tens o corpo num sítio, mas a alma noutro. Vale-te a âncora que te segura aí e que te segurará em qualquer lugar do mundo, desde que se mantenham juntos.

Teria que recuar bastante para chegar ao início… talvez 15 anos. Mas há coisas que, com o tempo, têm tendência a melhorar, a crescer. Assim fomos nós. Nos momentos felizes, nos menos felizes, quando rimos à gargalhada até não poder mais, ou quando o silêncio era o único que sustentava as lágrimas…

Porque é de pele. Sente-se no ar. Por maior que seja a distância, a proximidade é sempre grande, sempre intensa, e o reencontro é sempre desejado e celebrado.

Estou feliz por ti. Depois de tudo… Depois de todas as coisas inacreditáveis que acontecem quando menos se espera e que viram a nossa vida de cabeça para baixo. Sem que soubesses passei muitas noites a pensar na tua vida, nos teus problemas, nas tuas angústias. Cheguei a temer não voltar a ver-te com esse sorriso que te enche a cara e nos contagia. Esse sorriso que cativa toda a gente à tua volta e que faz de ti uma amiga muito especial. Daquelas que se tem medo de perder. Que não se pode perder. E não se perde, porque está no coração.

Te quiero.

sexta-feira, 17 de março de 2006

Só me saem é duques!! I

Tenho assistido a coisas do "arco da velha"...

Com os episódios que já presenceei, podia escrever uma romance, ou melhor, alguns livros de crónicas: "Os Malucos da Carris", ou quem sabe "Os Esgroviados da Soflusa", ou ainda "Os Tóininhos da Transtejo"!

Como são tantas as histórias, fico-me apenas pela de hoje, que insiro no primeiro grupo acima referido: pois bem, o maluco de hoje (da Carris) estava indignado com "os tuberculosos que andam para aí a espalhar doenças"! "Vejam bem" - dizia ele -"que esta gente anda para aí doente, e o Estado não faz nada! Andam no metro e no autocarro a espalhar micróbios! Se eles (a classe que governa o país) andassem de metro, já não havia tantos tuberculosos à solta! E Portugal é um dos países com mais tuberculosos! Mais que a Espanha e que a França! (este foi um golpe duro...) Só alguns países de leste é que ultrapassam os nossos valores! É uma vergonha!"

Tendo em conta que o autocarro estava apinhado de gente, todo embaciado, devido ao contraste da nossa respiração (quem sabe já contaminada?) com a temperatura baixa e a chuva que caía lá fora, o senhor estava quase em pânico. A gota de água foi quando alguém se lembrou de fechar a última janela aberta: "Atão! Isto é seu?! Não tem nada que fechar a janela! Ai o c*****!!!"...

E saíu na paragem seguinte, a resmungar, mas já sob o ar puro da cidade de Lisboa.


PS - A propósito, a TSF acompanhou a semana passada alguns Engenheiros do Ambiente da Universidade Nova de Lisboa, que fizeram uma experiência na 2.ª Circular, onde aferiram que os valores de poluição observados ultrapassaram, em 4 dos 5 dias de experiência, os valores permitidos por lei.
O único dia que não ultrapassou foi o primeiro (2.ª feira), já que o ar ainda estava "limpo" pela "acalmia" do fim de semana...

De qualquer forma, fiquem atentos aos tuberculosos... Eles "andem" aí!!

quinta-feira, 16 de março de 2006

Não, não é o Elvis Costello...



Tu és,
Tudo aquilo que um homem pode querer
Dás-me prazer, tás ao meu lado para me defender
Adoro o teu sorriso
Quando me olhas com ternura acredita paraliso
És bonita, simpática, tão atraente
Derretes-me todo com o teu olhar inocente
Palavras doces na tua boca parecem brisas
Tu não andas, tu deslizas
Enfeitiçaste-me no dia em que te conheci
Fico fulo da vida quando eles olham para ti
Ao mesmo tempo sinto-me tão bem
Por saber que por te ter, mais ninguém tem

Princesa,
Beija-me outra vez
Diz que me amas, baby diz mais uma vez

Adoro fazer-te adormecer no meu peito
Quando te tenho a meu lado pra mim o mundo é perfeito
Adoro os fins-de-semana passados na cama
Apaixonados na cama, abraçados na cama
Fazer amor contigo é ir ao céu e voltar,
É morrer e ressuscitar
Adoro os nossos momentos picantes
Engraçado como anos podem parecer instantes
A tua pele é mel o teu toque é magia
Adoro falar contigo, a tua doce companhia
Antes que seja tarde demais, quero dizer
Que faço tudo para não te perder

Schhhh, não digas nada,
Beija-me outra vez com esses teus lábios de fada
Há palavras que ainda estão por inventar
E por mais que tente nunca hei-de conseguir explicar
Não sei se é calor, não sei é frio
Só sei que sem ti sinto-me vazio
Adoro quando no sentamos no sofá com edredon
A luz apagada, Sade é o som
Tocamo-nos no escuro, o silêncio diz tudo
O amor é cego e por vezes também é mudo
És tu quem eu quero, eu sou sincero
Não digas nada, beija-me outra vez

quarta-feira, 15 de março de 2006

Chá adelgaçante



Comprei um chá verde, com algas e fibras. Com uma tal de fucus, a alga da imagem... Tem mau aspecto (a alga)... mas eles juntaram um aroma de fruta, que disfarça lindamente...

Tem a particularidade de ser em saquetas, e dessa forma, dissolve-se na água (fria ou quente). Perfeito para quem anda sempre com uma garrafinha de água na mala!

Já ingeri 33cl do milagroso néctar. Mas ainda não estou mais delgada! Terá sido do esparguete à Bolonhesa?...

Dia Internacional do Consumidor

Neste dia, que é o dia de todos nós, que nascemos após o período dos caçadores-recolectores, o meu banco decidiu oferecer-me um presente (diria eu, envenenado): um cartão de crédito... Gold!! Ahahahahahaha! Aposto que se tivessem analisado bem as minhas contas não o teriam feito, mas... já está, já está! Resta-me decidir se aceito ou não a proposta. Enfim, tenho que me fazer difícil...

E eu, que me acho um bocado forreta, nunca achei muita piada a essa coisa de ter contas por pagar... Sempre defendi a tese: "não há, não se gasta!" É um dilema tentador, até porque, como "info-incluída", muitas são as vezes em que quero fazer operações pela internet que nem sempre são concluídas por falta daquele código mágico... E as compras no estrangeiro!!! Acho que nas Maldivas aceitam VISA...

Gold??? Ainda por cima Gold!

segunda-feira, 13 de março de 2006

For P.

There is a pleasure in the pathless woods,
There is a rapture on the lonely shore,
There is society, where none intrudes,
By the deep sea, and music in its roar:
I love not man the less, but Nature more,
From these our interviews, in which I steal
From all I may be, or have been before,
To mingle with the Universe, and feel
What I can ne'er express, yet cannot all conceal.

Byron

Porque há um certo tipo de certezas que só se têm uma vez na vida...

Voltei a nadar

Piscina do Barreiro:

- Boa tarde, eu gostaria de fazer agora uma aula...
- Está inscrita?
- Não... Mas tenho senhas de utilização livre.
- Mas para fazer hidroginástica é preciso estar inscrita!
- Ah! Mas eu só quero nadar!
- Então tem que vir no horário aberto ao público.
- E quando é?
- Sábados e domingos.
- Mas hoje é sábado!... Não posso nadar hoje?
- Só estando inscrita...
- Para nadar também?!
- Não, mas para fazer hidroginástica sim. E a classe já está cheia.
- Mas não têm pistas livres?
- Só para quem quer nadar!
- (...) Então eu vou só nadar... Obrigada pela atenção!
- De nada. Mas assim já sabe, para a próxima tem que se inscrever antes...
- (Gggggggggrrrrrrrrrrrrrrrrrrr - não há paciência...)

quinta-feira, 9 de março de 2006

Benvindo Senhor Presidente!



"Juro, por minha honra, desempenhar fielmente as funções em que fico investido, e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa".

Há muito que esperava por este momento.

Boa sorte, Portugal.

Desabafos de uma plebeia que (também) anda de transportes

Quem tem que se sujeitar aos horários de transportes – sobretudo quando falamos dos TêCêBês (Transportes Colectivos do Barreiro) – certamente perceberá o meu desespero…

Situação 1 – Saltando graciosamente de nenúfar em nenúfar
Um dia normal. Como muitos outros. Saio de casa com uns 15 ou 20 minutos antes da hora do barco partir. Tendo em conta que o percurso demora, na pior das hipóteses 5/6 minutos, parece-me tempo suficiente. Espero 5, 7, 10 minutos… Lá vem ele, qual Leonor pela verdura… como se tivesse todo o tempo do mundo… e tem, já está no emprego!!!
Enfim, faltam 7 ou 8 minutos. “Deve dar”, penso eu – com a esperança renovada de que, depois do 52.365.º plenário deste ano, finalmente se tenham decidido a cumprir horários – e lá me sento para ver a paisagem. Ãaãaãaãaãaãaãaãaãaãa… Calmamente a 20 km/h, numa avenida todinha para ele, lá vai o Rei da Estrada (entenda-se o condutor dos TêCêBês). “Oh Xô Motorista!! Faltam três minutos pró barco sair! Não pode acelerar um bocadinho?” pergunta um passageiro desesperado e não resignado. Ao que o “Xô Motorista” responde com a mais plácida das atitudes, se possível reduzindo para 15km/h. Finalmente chegamos ao terminal dos barcos e corremos infrutiferamente para sentirmos a cancela fechar mesmo à nossa frente. A ira apodera-se de nós, mas como sempre, para além de refilar, não podemos fazer nada. Daqui a meia hora há outro barco. Com sorte ainda sou atacada novamente pelo “Carrossel Mágico” e ganho o dia.
Será que ninguém lhes oferece um horário dos barcos?

Situação 2 – Dragon Khan – Port Aventura
Um dia normal. Como muitos outros. Saio de casa com uns 15 ou 20 minutos antes da hora do barco partir. Tendo em conta que o percurso demora, na pior das hipóteses 5 minutos, parece-me tempo suficiente. Aí vem ele!! “Jáááááá?” – penso eu – “Deve estar a fazer a última viagem do turno…” – conheço-os tão bem! E então, qual montanha russa, lá vamos nós, desafiando todos os limites da velocidade (a pontos de fazer os velhotes se segurarem com as duas mãos à cadeira da frente e fecharem os olhos durante a passagem pelo túnel). Uuhu! Chegamos em três minutos, ofegantes, a tremer, mas vivos. É o que interessa. Durante os 15 minutos que esperamos pelo barco, ainda posso ter a sorte de ser atacada pelo “Carrosel Mágico”… Mas apanho o barco.

Situação 3 – O regresso do herói
E porque em todos os dias normais em que partimos, também regressamos, o cenário transforma-se. Saímos do barco (a correr, atropelando tudo e todos) e dirigimo-nos para a paragem! Ehe! Não nos escapa! Ainda nem sequer lá está! Vemos os alegres passageiros entrarem nos seus autocarros e lá estamos nós. À espera do 15. E “o 15” parado no outro lado da estrada, com o Xô Motorista lá dentro, também à espera, não sei de quê. Todos partem e nós ficamos ali. Nós e ele, qual duelo no “faroeste”. Mas a nossa arma não tem balas, por isso ele está à vontade (eu diria “à vontadinha”). Depois de 8 intermináveis e enregelados minutos à espera – tendo em conta que são 20h e a temperatura baixou drasticamente – o supra citado “Rei da Estrada” digna-se a chegar o autocarro para junto da paragem para podermos entrar. Nova pausa. “Devemos estar à espera dos passageiros do barco seguinte que não tarda… Ah! Aí está ele!” A cena repete-se: as corridas, os atropelos… mas desta vez morrem na praia. Ahahahahahahaha! O Xô motorista fecha a porta e arranca, do alto do seu volante, imune às batidas dos que ainda conseguem chegar a tocar na viatura desejada. Lá ficam eles, vendo os outros alegres passageiros entrarem nos seus autocarros… E a história repete-se… Felizmente o “Carrossel Mágico” já se recolheu!!

A minha mais recente aquisição


Apesar da falta de rigor na colagem à realidade, facilmente detectado por quem todos os dias tem o privilégio de ver esta paisagem, vi-o na Rua Augusta, não resisti e comprei-o. Não sem pôr em prática a minha costela de “cigana regateira” para conseguir um desconto, claro. Voltei aos tempos de “mercadillo” e consegui que o artista de leste me baixasse 20,00€ sobre o preço inicial.

Confesso que fiquei com alguns remorsos, visto que são três telas enormes, que devem ter dado um trabalhão a pintar, para além da quantidade das tintas… Mas já está, já está.

E já estão na parede.

quarta-feira, 8 de março de 2006

Fui ao Alfredo...

Depois de sete anos voltei a deambular por aqueles corredores que conhecemos tão bem...

Não posso esconder a emoção que senti ao entrar novamente ali. Naquele sítio onde fui tão feliz, onde passei os anos mais despreocupados da minha (curta) vida, onde construí a base do que sou hoje. E do que serei sempre. Onde partilhei momentos importantes com amigos de sempre e conheci pessoas que mudaram a minha vida. Onde criei laços de afecto que, aconteça o que acontecer, sei que não se irão desfazer.

Lá entrei, fui ao bar, à papelaria (as funcionárias ainda se lembram de mim, passado tanto tempo!), à sala dos professores, onde reencontrei tantas caras conhecidas, ao páteo... O páteo... E vi-nos a todos em todos os sítios. As alegrias, as vitórias, os sorrisos, as palhaçadas, as gargalhadas... Só me consegui lembrar de coisas boas (houve coisas más??). E ao ginásio onde te conheci, e até hoje estamos juntos...

Dizem que não devemos voltar aos locais onde fomos felizes. De facto sente-se um vazio enorme quando se procura o que já não existe. As mudanças são evidentes, como não podia deixar de ser. Mas na nossa memória, de todos vocês que são importantes para mim e que viveram comigo todas as aventuras daqueles anos, a nossa escola vai ser sempre igual. Não se trata apenas de um espaço, de um conjunto de paredes. É uma arca que guarda o nosso tesouro.

terça-feira, 7 de março de 2006

Por falar nisso...

... a factura da Precision chegou rés-vés aos 200,00€!! Porque havia um tubo dos esguichos que estava furado e não conseguia fazer a água chegar ao pára-brisas... Eu não te disse?!

E já estou a pôr de lado mais uns trocos já que amanhã deixo-o lá novamente para alinhar a direcção e mudar as escovas... Para além de ter que mudar a embraiagem para o mês que vem! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh!!

Acabo de declarar falência.

Estão a brincar com a tropa!!!

Não é que, depois de no ano passado ter perdido horas e euros a caminho do aeroporto para fazer exames para um concurso que acabou por ser cancelado depois de serem recrutadas 100 pessoas (eu incluída), me chamaram outra vez???

E com uma proposta irresistível!! Ou deverei dizer... vergonhosa?...

Queriam celebrar um contrato de... UM MÊS!! Um mês?! Sim! "Mas com possibilidade de serem chamadas novamente em Junho... ou Julho, por mais dois ou três meses, e assim sucessivamente!!" Fantástico! "E ao fim de um ano de contratos sazonais" (que poderia acontecer, quem sabe, já daqui a três anos...) "já têm direito a viagens!!" UAU!! E quem paga as contas nos meses em que "não formos chamadas"???

Ah! E o curso de formação intensiva de 15 dias começa amanhã. Amanhã - dia seguinte à entrevista (têm tempo de organizar a vossa vida?). Larguem empregos, faculdades, exames, tudo! Com uma proposta destas, nem pensem duas vezes!! Tudo isto para acompanhamento de passageiros em embarques e desembarques ("com possibilidade de, num dos períodos em que estiverem sem trabalho, vos ser dado um curso de formação de check-in" - melhor só o euromilhões)!

Acredito que mais de 50% das pessoas chamadas (todas entre os 18 e os 30 anos) tenham aceite a proposta... Até porque 400,00€ por mês, a trabalhar em part-time (ainda que com turnos a começar às 6h ou a acabar às 2h) ainda é algum dinheiro, sobretudo para quem está desempregado... "Dizem que há funcionários a ganhar 500 ou 600 euros limpos, com as horas extraordinárias!!" - aliciaram-nos.

Apeteceu-me rir. Não... Tive vontade de chorar! Acordei cedíssimo, gastei litros de gasolina na hora de ponta do trânsito, perdi uma manhã de trabalho... Para isto?

Qualquer dia emigro... Que país preferes?...

segunda-feira, 6 de março de 2006

É liiiiiiiiiiiiiiiindo!!!

Parece que foi feito para mim!! E assenta como uma luva...

Só não te conto como é, porque sei que vais ler ;) Ahahahahahahah

sexta-feira, 3 de março de 2006

Precision 1 – 0 Lancia Y

Já te contei que por algumas horas tive um carro do tunning?? Ah pois é!!

Reconstruamos a cena:

20h00 – Cheguei ao Barreiro. Carro com a gasolina na reserva há mais ou menos 30 Km (ou seja, a dar o berro). Condução lenta e cuidada – eu diria exasperante se estivesse no carro atrás do meu! – sempre que pude pus o carro em ponto morto para deixar “deslizar”...

20h15 – Estrada da Vila Chã. Pisca à esquerda. Deixei passar os carros que vinham em sentido contrário, pus a primeira mudança, fiz a curva e… CLUNC!!! TRLUNC!!! BRLUNTRANGABRUMTRUM!!! Pensei eu: “Clunc? Trlunc? Brluntrangabrumtrum”??? Quééééé isto???
Olhei pelo espelho retrovisor – que desta vez até nem estava virado para mim para retocar a maquilhagem ;) – e não vi carros trás, nem sinais de acidente. Bem… segui.

TRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR. Pensei eu: “Trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr”??? Quééééé isto??? Achei “prudente” encostar para ver o que é que o Mê Carro (é o nome dele – MC) arrastava pela estrada fora. Saí e lá estava ela: um encontro imediato com a panela do carro! Não é o máximo quando os elementos do nosso carro decidem ganhar vida própria para nos arrasarem o orçamento?!

20h20 – Felizmente estava perto de casa e telefonei ao meu salvador que veio apetrechado para tirar a sua amada de apuros. Lá conseguiu atar a panela (não me perguntem como conseguiu – é o meu herói) e pelo menos consegui ir até a casa sem arrastar aquele monstro de ferro que decidiu aparecer depois de todos estes anos.

Mas… soube, por alguns momentos o que é ter um carro do tunning! Lá ia ele, a cada mudança posta: vrrroooooouuuuuuuuuuummm! Ehei! Qual carro artilhado com duas saídas de ar! Vrrrrrrroooouuuuuuuuuuummm! O Mê Carro transformado em carro de corridas!

Resultado: €150,00 só para substituir a panela (e eu com tantas lá em casa…) e com sorte mais uns tostões para os arranjos que os carros precisam sempre… Como diria o saudoso Guterres… aaaaaaaaaa… É fazer a conta!!!

Vitória da Precision

Já só faltam…

... 6 meses.

Mais precisamente 184 dias para o Sol. deixar de brilhar no meu BI...

quinta-feira, 2 de março de 2006

Pérolas I

Queixam-se da falta de cultura dos portugueses (intelectual, entenda-se). Da pouca criatividade dos alunos que quase são obrigados a ir à escola. Dos crânios que emigram porque não se lhes dá valor em terras lusas...

Mas ele há coisa mais preciosa que a sabedoria popular? Aquela que não se aprende na escola, aquela que vem de dentro de nós (poderia dizer-se do coração, mas pelo que tenho ouvido por aí, há coisas que parecem vir directamente do intestino!!) e surpreende o mais distraído dos transeuntes??? Sobretudo quando toca ao romantismo, à sedução... Ou seja, ao engate!

Um dia na bela capital portuguesa é suficiente para registar uma grande quantidade de pérolas, saídas não de ostras, mas da boca dos mais diversos espécimes: desde o trolha do andaime, até ao Sr. Engravatado. Das mais elaboradas às mais brejeiras. Das que nos fazem rir e das que nos fazem corar (de vergonha ou de ira). Surgem de todos os lados...

Brevemente, aqui uma compilação de "Pérolas".

Estranho...

Cria-se o primeiro post e já está!! Agora é só continuar!!

Bem, vou continuar... E agora? Sobre qual das mil coisas que pensei vou escrever? A verdade é que na última semana pensei tantas vezes: "se já tivesse criado o blog agora escrevia isto, ou aquilo, ou a outra coisa"... Já criei. Vamos começar a devassa da minha vida! ;)

Let the show begin!

Tcharan!!!

Finalmente rendi-me à blogosfera.
Confesso que ainda é um mundo um pouco obscuro e cheio de segredos para mim, mas cá estou eu para enfrentá-lo... e fazer parte dele.

Já te contei?... Há muita coisa que não te contei. O que eu penso, o que faço, o que vejo, o que sei, o que penso que sei, o que não sei, a música que ouvi, o livro que li, o filme que vi, a viagem que fiz e as muitas que não fiz, o pormenor que me irrita, a história que me alegra...

Enfim... as novas tecnologias ao serviço da tagarelice! E sabe quem me conhece como sou tagarela...

Pode ser que com este novo hábito alguns ouvidos agradeçam...

See you soon.