Já te contei?...

Porque há coisas que às vezes ficam por contar...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

... vida nova (que é como quem diz, concretização de um final anunciado).


Não sabia como começar, mas já sei. Digo-te que começo a escrever este post, com o ritmo do coração acelerado e com as pernas a tremer. É um momento importante (e doloroso) para mim. Como é que te posso explicar... Sinto-me a aconchegar um filho antes de ele dormir. Mas desta vez, para sempre.

E por isso apetece-me dar-te um longo beijo e apertar-te nos meus braços. E ficar assim. A recordar cada palavra, cada som, cada imagem. Disse-te desde o início que ia fazer de ti o meu espaço de tagarelice, mas quando já nem sequer há muito para contar, não faz sentido continuar a alimentar-te, quase a soro... Manter-te vivo por egoísmo.

Termino. Porque quero ter uma memória feliz do tempo que passei contigo. Porque me chateia vir picar o ponto só para te dizer que não tenho tempo para ti. Porque os feedbacks também escasseiam e, afinal, tu precisavas de atenção...

E porque é uma vida nova que quero. E nesta vida nova preciso de mais espaço só para mim. Não te consigo ter como gostaria. E a certa altura, mesmo quando muita coisa acontece, sinto-me culpada por não poder te poder vir contar. Por essa razão, prefiro deixar-te.

Mas tenho-te comigo. Fazes parte de mim. És um pedaço da minha vida. Contigo partilhei alegrias, tristezas, desabafos, coisas de nada e momentos importantes. Aconteceu estar a viver experiências e imaginar como é que tas ia contar. Foste um veículo de mim para muitos amigos, conhecidos e desconhecidos.

Foram quase dois anos que guardo agora numa prateleira, para te ir buscar sempre que tiver saudades. E vou ter. Muitas, certamente.

Obrigada a todos. Obrigada a ti.

Ano Novo...

E começa um novo ano. 2008. Altura de balanços em relação ao ano que passou e projectos para o que começa...

Devo confessar que, mesmo com algumas coisas boas que me aconteceram, e ao contrário de 2006, este ano foi um dos piores da minha vida. Felizmente, poderei dizer. Porque se o que me aconteceu este ano é o pior que já me aconteceu, posso dar-me por uma pessoa feliz. A verdade é que noutros anos houve acontecimentos isolados que, por si, foram muito maus, mas que acabaram por ser compensados por outros.

2007, não. Foi um ano de mudança, de despertença (eu sei que a palavra não existe, mas é a única que consegue caracterizar o que quero dizer) de insegurança, de luta (no sentido liberalista), de algumas vitórias que não pude festejar e que por isso se tornaram menores, de prova, de descoberta (de mim e dos outros), de despedidas e de reencontros. De saudades de coisas que estavam perto.

De cansaço... de cansaço. Estou cansada.

Uma nova mudança aproxima-se na minha vida. De emprego e de vida. Porque preciso desprender-me do que tenho sido e voltar a ser eu. Aquela que começou o "Já te contei?...". Aquela que tu conheces bem.

Feliz 2008.

Paris c'est toujour Paris...

Depois de uns preparativos para a viagem um pouco atribulados (para não dizer impróprios para cardíacos), eis que finalmente me vi sentada no avião rumo à "cidade luz". Não estou a exagerar quando digo que até ao último minuto a viagem esteve para não acontecer. Depois de todos os obstáculos, até o carro avariou na Ponte Vasco da Gama, a meia hora de fechar o check-in!!! Só a mim...

Pela segunda vez na capital francesa, voltei desta vez com uma imagem diferente da primeira. Sem dúvida apreciei muito mais, dei mais importância a certos pormenores mas percebi que outras coisas não eram tão fascinantes como trazia na memória. De qualquer modo, Paris é um charme. É imponente. Cheira a história. Respira glamour. As avenidas, os bairros, o Sena, os monumentos, Versailles... É tudo deslumbrante.

Precisava de mais uma semana para poder ver tudo o que queria, para passear nos jardins, para ficar nas esplanadas a ver a multidão passar. Mas faltou-me tempo. Andei quilómetros e quilómetros. Entrei no metro, saí dos comboios, passei pontes... valeram-me os ténis de caminhada, senão a esta hora estaria desgraçada (ainda mais do que estou)!

Foram cinco dias extremamente cansativos, mas bons para desanuviar. Uma espécie de recauchutagem... Vim como nova. Agora só preciso de descansar. ;)

Sou fã de Paris. Mas continuo a preferir Londres.

PS - A foto é da minha autoria.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Alguém falou em apetite?

Bem sei que pode ser (e é) atentatório para muitos (mais do que seria desejável) mas a verdade é que se chega ao fim do dia 25 de Dezembro e não se pode ver comida à frente.

Ele é aperitivos, entradas, prato principal, sobremesas, bolos (aquele, de chocolate), bolinhos, coscorões, velhozes, filhozes, sonhos, rabanadas, "forrobochés" (que é como uma vizinha da minha mãe chama aos Ferrero Rocher's), toblerones, suspiros, tartes disto e daquilo... enfim, uma mistura explosiva no que toca a calorias.

Felizmente (no meu caso), a partir da tarde de 25, a única coisa que me apetece é um chá digestivo com propriedades "reguladoras"...

Mais um Natal que passou. Com saúde. É o que interessa.

FELIZ NATAL PARA TI.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Fica-te com esta, ou por outras palavras, Sons de Natal #5

E depois de uma véspera de Natal cheia de presentes, que é como quem diz, cheia de posts (acho que acabei de bater o record de posts diários), não ficaria completa sem uma musiquinha de Natal, que aqui te deixo, para um pézinho de dança mais logo...



Feliz Natal.

All I want for Christmas...

Contrariamente ao ano passado em que fiz uma interminável lista de presentes que gostaria de receber, durante este ano houve algumas coisas das quais senti muita falta e que gostaria de pedir ao Pai Natal (e estas só mesmo ele é que me pode dar!):

- Tempo para não fazer nada;
- Tempo para dormir;
- Tempo para passear;
- Tempo para estar com as pessoas de quem gosto (mesmo estando ao lado delas);
- Tempo para ler;
- Tempo para pensar;
- Tempo para andar (vaguear);
- Tempo para praticar desporto;
- Tempo para cozinhar (sim, gostava);
- Tempo para ver lojas (e algum dinheiro para poder dar largas à minha veia consumista);
- Tempo para ler os blogues dos meus amigos;
- Tempo para o "Já te contei?...";
- Tempo para os outros (em geral);
- Tempo para mim (em particular);
- Bom tempo.

Basicamente, Pai Natal, Menino Jesus, Reis Magos, whatever...

Este ano quero TEMPO!!!

Espírito Natalício

Este ano, talvez porque só a dois dias do Natal tive tempo livre para fazer algumas compras, esta época parece-me um pouco desfazada do que para mim é o Natal dos outros anos.

Recordo-me que, calmamente, ia fazendo compras para uns e outros (e que o dinheiro chegava para tudo!), passeando no Chiado a ouvir as músicas natalícias, e que sentia, de facto, que era Natal. Desta vez não. E julgo que cada vez menos isso vai acontecer. Pelo menos enquanto não tiver pequenos a correr de um lado para o outro cá em casa. Cada vez mais acho que "o Natal é das crianças" (estarei a ficar velha?).

A verdade é que sinto que a festa do Natal se tem vindo a desvirtuar ao longo dos anos. A crescente comercialização dos hábitos, os centros comerciais a abarrotar, os cartões de crédito a (des)ajudar... É frequente ouvir as pessoas a dizer que para elas, o Natal é um suplício e um gastario de dinheiro. A certa altura entra-se num ciclo do qual é difícil sair. E para esconder a crise que bate à porta de muitos, nada como um crédito para comprar presentes!

Tenho saudades do Natal. Mesmo nunca tendo tido Natais muito abastados. Dava-se valor às pequenas coisas e o Natal era a repetição de tradições e hábitos, de reunião, de festa. Agora, para além de ter que ser eu a cozer o bacalhau e as couves, estou sempre a contar as horas para poder descansar no dia 26 (mesmo quando trabalho nesse dia!).

E antes de chegar toda a família, ainda tenho o presépio por montar!

Não é no oriente mas ficámos de olhos em bico...

Quem diria que, em plena zona portuária, ía encontrar um espaço daqueles?

Tinham razão. Tem a ver comigo. Enfim, pelo menos com uma das minhas facetas (a faceta chic&bem, nem imagina o quanto me diverti!! LOL!). E diverti-me muuuuuuuito! Só foi pena não termos começado nestas an"danças" mais cedo! ;)

Sem dúvida, vocês são três das pessoas que trago comigo.

E que estão para ficar.

Encostar a porta... outra vez.

Pela segunda vez no ano, deixei mais um espaço para trás. Em condições diferentes da primeira, é certo, mas cada sítio que deixamos para trás, guarda um pouco de nós.

Foi, de início, uma situação complicada, não posso negar. A ligação que tinha com o espaço anterior era forte. Os hábitos estavam enraizados. As rotinas eram agradáveis, estimulavam a introspecção e a criatividade, deixavam-me dar asas a quem sou... enfim, a verdade é que não era perfeito e por isso quis mudar.

Aprendi muito nestes nove meses. O que quis e o que não quis. Conheci pessoas de todos os feitios. Pessoas maravilhosas e bem resolvidas e outras frustradas e mesquinhas. Diz que é assim em todas as empresas grandes, mas é claro, com a minha sorte, tinha que me calhar a fava!

No entanto, o que aconteceu de bom, acabou por compensar o menos bom. Trago pessoas no coração. E isso, para mim, é o melhor saldo que pode haver.

E agora é olhar para a frente, e buscar a realização profissional que tanto ansiei.

Diferenças

Fazendo um "rewind" para Dezembro de 2006, deves com toda a certeza estranhar a diferença na regularidade e na criatividade com que escrevi em relação a este ano.

Antes de fazer balanços quanto a 2007 e previsões para 2008, ainda há umas pequenas notas que te quero deixar. Ainda que ligeiramente anacrónicas e algumas até ultrapassadas...

Acima.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

"Próxima estação: Terreiro do Paço. Há correspondência com o transporte fluvial."

Andei quase uma década a sonhar com estas palavras, e finalmente ouvi-as ontem, directamente do altifalante do metropolitano.

Depois de há mais de um ano, nos terem aguçado o apetite, eis que agora o metro chegou a Santa Apolónia!

Tenho que assumir que senti uma "moínha" (cit. ex-pitseleh) na barriga quando o metropolitano partiu da estação da Baixa-Chiado em direcção ao Terreiro do Paço. Consegui perceber que o entusiasmo era geral. Era visível na cara de todos. Muitos não se contiveram em soltar um "Finalmente!". Eu própria não me contive...

E hoje até cheguei mais cedo ao emprego!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Férias mentais

Depois de duas semanas (e quem diz duas semanas diz dois meses, ou mesmo doze...) extremamente stressantes e cansativas, estou agora em fase de arrefecimento dos motores. As frequências estão terminadas e, mesmo com alguns exames para fazer em Janeiro, a pressão já não é a mesma.

Começo agora a perceber que é Natal e acho que vou aproveitar o meu primeiro fim-de-semana "livre" dos últimos tempos para decorar a casa a condizer com a época. Já posso perder tempo a olhar para as montras e a pensar em coisas tão simples como o frio e a consequente camada de gelo que se forma de manhã no pára-brisas do meu carro...

A uma semana do meu último dia neste emprego (do qual já começo a sentir saudades)percorro o percurso em velocidade-cruzeiro. Na verdade já me custa pensar em mais alguma coisa para além da viagem que vou fazer daqui a umas semanas...

Estou por cá.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sentiste?

Fez-se História em Lisboa.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Cimeira Europa-África

Muito já foi escrito e muito se escreverá ainda sobre este grande evento (mais um) que teve lugar no nosso país. A importância do acontecimento, o prestígio que traz para Portugal, os acordos bilaterais, os protestos contra o Mugabe, a tenda do Khadafi (ou Kadhafi - encontrei as duas versões), enfim, tudo e mais alguma coisa.

Mas o que eu destaco aqui são as pérolas dos nossos lisboetas, ao serem confrontados com a questão da cimeira...

Episódio 1 - (entrevista a transeunte #1)
- Boa tarde, como é que tem sido o dia aqui nos Restauradores?
- Ai meu senhor, nem imagina! Isto é para aqui uma correria de carros para cima e para baixo! Fartam-se de passear, mas trabalho não se vê nenhum!
- E sabe qual é o motivo de toda esta agitação?
- Acho que é por causa de uma reunião que para aí há!
- E sabe de onde eles vêm?
- Claro que sei! Vêm do ESTRANGEIRO!
- Do estrangeiro? Mas de que sítio?
- Ai isso já não lhe sei dizer, mas tenho a certeza que é do estrangeiro!
(...)

Episódio 2 - Para mim inultrapassável - (entrevista a transeunte #2)
- Sabe que evento é este que está a decorrer aqui no Parque das Nações?
- Não sei, acho que estão cá pessoas de vários países com o Sócrates...
- E sabe o que é o Darfur?
- O Darfur? Darefour... Pois claro que sei! O Darrefour é um hipermercado!

LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL!!!!!

Semana cheia

Depois de uma semana de frequências e jantares de Natal (sim, já começaram!) estou de volta. E tanto que houve para escrever!

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

NÃO

Apesar da vitória "rés-vés Campo de Ourique", ainda parece haver gente inteligente na Venezuela...

domingo, 2 de dezembro de 2007

Muito a dizer, pouco para contar...

Depois de alguns dias agitados e na perspectiva de outros nos mesmos moldes, queria só dizer que me sinto cada vez mais ultrapassada pela quantidade de coisas nas quais penso e que não tenho a oportunidade de partilhar. Até aqueles nadas que não interessam a ninguém, mas que mantinham a minha cabeça em funcionamento.

Percebo agora que isto de fazer parte da blogosfera requer tempo e disponibilidade. Requisitos que tive em tempo, mas que parecem agora esgotar-se. Chateia-me queixar-me insistentemente da falta de tempo, mas se não tenho aparecido, é mesmo por isso. FALTA DE TEMPO.

Melhores tempos virão. Ou não, ou não...

Entretanto, já sinto o cheiro dos croissants, a luminosidade dos abat-jours, a sensualidade da lingerie e a graça dos fait-divers... Oui, oui... Oh lá lá!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Estou triste...

... por alguns motivos.

Mas, sobretudo, por ti.

Um beijo.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Tautologia

Na constante procura de falar e escrever melhor, pareceu-me importante partilhar isto contigo: A tautologia é um vício de locução que consiste em dizer sempre a mesma coisa, com pala-vras diferentes, mas com o mesmo sentido.

O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros. Deixo aqui uma lista mais ou menos extensiva dos mais comuns:

- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exacta
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- há anos atrás
- vereador da cidade
- outra alternativa
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- conviver junto
- facto real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- planear antecipadamente
- abertura inaugural
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
- possivelmente poderá ocorrer
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito

domingo, 25 de novembro de 2007

Olho torto

Entro numa loja, passo os olhos pelos artigos - seja roupa, acessórios, objectos de decoração, o que for - e acabo sempre por gostar daquele que é mais caro!! E o pior, é que assim que ponho o olho em cima do objecto (agora) desejado, é como se toda a minha vida eu o tivesse procurado, e - que sorte! - ele está mesmo ali à minha frente!

Depois entra a minha faceta forreta que começa a fazer contas de cabeça e a relativizar... "Ora bem, com o preço destes sapatos pago a TV Cabo e o Gás", ou "com o preço deste modelito ia passar um fim-de-semana por aí", "com o que gasto em 4 noites neste hotel pagava a renda da casa", e por aí em diante...

Para além de que agora (armada em fina) já não abdico de um certo nível de conforto, de preferência aliado a algum bom gosto. Parece que com o passar dos tempos e o consequente aumento de poder de compra (que, contudo, ainda está bastante aquém do necessário para satisfazer este pequeno "defeito") me custa mais descer a fasquia.

Mas quando preciso justificar (a mim mesma) alguns deslizes, o pensamento é automático: "Um dia não são dias... e para além disso EU MEREÇO!".

PS - Precisava mesmo escrever este texto para acalmar a veia consumista que me percorreu hoje... É impressionante como se demora tanto tempo a amealhar e um só dia a gastar!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Mais um...

Parece que foi ontem!

1+1+1+1+1+1+1+1+1=9!!!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Cof, cof...

O que de melhor me poderia acontecer no curto intervalo de dois dias entre testes?! Um ataque de tosse? BINGO!

Nem é que incomode muito durante o dia, mas como à noite demoro duas horas a adormecer, tossindo de 30 em 30 segundos - o que para além de não augurar boas relações de vizinhança, me deixa com uma dores horríveis nos abdominais - basta encostar-me a qualquer lugar com textos de Direito Romano ao colo, e passados 5 minutos estou a marcar golos de cabeça...

Não é nada produtivo. Garanto que não é!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O mundo ao contrário #2

Meados de Novembro...

Manga curta (com um casaco mais quente porque afinal à noite já é Outono) e o norte do país a arder.

Vá-se lá compreender isto!

domingo, 11 de novembro de 2007

De facto não é...



Não é fácil
Não pensar em você
Não é fácil
É estranho
Não te contar meus planos
Não te encontrar

Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te ter ao meu lado
Na verdade eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil

Onde você anda
Onde está você
Toda vez que saio
Me preparo pra talvez te ver
Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil

Todo dia de manhã
Enquanto tomo meu café amargo
É, ainda boto fé
De um dia te terá ao meu lado

O que eu faço
O que posso fazer?
Não é fácil
Não é fácil

Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz
Do que qualquer mortal
Na verdade não consigo esquecer
Não é fácil
É estranho

sábado, 10 de novembro de 2007

Novo grito da moda

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

O primeiro já está.

Quase a título experimental, com dois esquecimentos, não fundamentais mas mais ou menos estruturantes... acho que apesar de tudo, até correu bem.

O próximo é pior.

Por isso já me vou. Tenho que abrir os livros.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Chiça!!

Não pensei que custasse tanto!

E ainda só passaram dois dias... :(

E graças à Vodafone, que mais uma vez meteu água, as comunicações estão limitadas!

Buáááááááááááááá!!!!!!

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

O amor é lindo...

... EXCEPTO se vem do andar de cima por meio de guinchos, gargalhadas e gemidos!

Sobretudo quando o teu despertador vai tocar às 7h30 e já passa da uma da manhã...

domingo, 4 de novembro de 2007

Rádio Baía

"Descobri" há alguns dias, uma estação de rádio fantástica, com um programa da manhã excelente, "de fazer rir as pedras da calçada".

Desde logo, o locutor, a fazer lembrar aquelas emissões dos anos 60 ou 70 (lembro-me perfeitamente!) com uma dicção duvidosa: "Beus caros ôvites, bei vidos a bais uba ebissão do dosso programa da banhã!";

Depois a selecção musical de trás da orelha com temas tão conhecidos como "Estúpido". Sim, eles passaram uma música cujo título era esse e o refrão era qualquer coisa como "Estúpido, não a queres deixar, meu estúpido, não queres ficar comigo, estúpido..." - basicamente era uma senhora com dor de corno que para se vingar chamava estes nomes carinhosos ao amante indeciso - muito bom, do melhor que já ouvi, a deixar uma Rute Vanessa ou uma Rafaela Alexandra no chinelo (tenho pena de não me conseguir lembrar do nome da intérprete, mas fiquei tão arrebatada com a letra que não consegui prestar atenção a mais nada durante todo o dia);

E por fim a "antena aberta" que permite aos ouvintes (com um alto calibre de cultura geral) deixarem a sua opinião sobre temas tão vastos (e que comprovam o eclectismo do seu conhecimento) como o aquecimento global, o estado do país, a construção do novo aeroporto, o estado do país, o inverno que nunca mais chega, o estado do país, o decréscimo da captura do bacalhau nos mares do norte, ou (pasma!) o estado do país!!!

(In)felizmente só consigo ouvir a emissão durante mais ou menos 10 minutos por dia, senão, aposto que teria muito mas para contar! De qualquer modo, consegui encontrar o site na internet, que aqui partilho contigo, para poderes ter acesso a toda a informação.

PS - Especial destaque, claro, para o "hóquei patins". LOL!!!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Hás-de ≠ Hades

Segundo a mitologia grega o Hades era conhecido como o reino dos mortos, ou simplesmente o submundo. Era um lugar onde as almas vagueavam antes de seguirem para o paraíso, ou para o inferno (uma espécie de purgatório, mas mais giro). Hades era também o senhor do submundo e usa-se seu nome para designar também a região das profundezas. Quem leu a obra “Fédon” de Platão, facilmente recordará as caratcetrísticas do local.

Coisa totalmente distinta é a conjugação do verbo haver “hás(-de)”. Corresponde à segunda pessoa do singular no modo presente do indicativo. Eu hei, tu hás, ele há…

Se há coisa que me irrita é ouvir “há-des fazer isto” ou “há-des ver aquilo”!!!

Amiguinhos… Vamos lá aprender a falar.

Boa? Boa…

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A brincar com a tropa?...

Já conheces com toda a certeza a minha veia conservadora e tradicional. Mas penso que é não é preciso muito de conservadorismo e respeito por (algumas) tradições para se perceber que há coisas que, de facto, não fazem muito sentido...

Longe de ser defensora acérrima da moral e dos bons costumes, ou falsa puritana, confesso que fiquei "chocada" há uns dias, quando o nosso Ministro da Defesa se passeou junto a uma parada militar... de óculos escuros! Não me venham dizer que ele estava a passar revista às tropas, porque com tamanha descontracção, até parecia que ele estava a passar ali por acaso!!!

Tendo o privilégio de ter sido aluna de S. Excelência o Sr. Ministro, e de lhe reconhecer todos os méritos académicos, não esperava que o Prof. Doutor Severiano Teixeira pusesse o pé na argola desta forma!

Para já porque estamos a falar de uma instituição (ainda mais) conservadora (que eu), e depois, porque se tratava de uma cerimónia solene e os "pobres" militares encontravam-se em sentido há algumas horas, ao sol, sem esboçarem o mínimo de cansaço ou tédio... Acho que os rapazes mereciam um pouco mais de consideração!!

E será que não houve uma mente brilhante que ousasse chamar o Sr. Ministro à razão?... Oh Santana, não é que acertaste?... O país está doido!

PS - Já começo a ficar preocupada... Já é a terceira vez nos últimos dez posts que faço referências ao "Sr. Lopes"... Estarei grávida???

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Foi só a primeira... espero

Tive hoje a minha primeira experiência em Tribunal, e que, acredito, seja o espelho (pelo menos em parte) das possíveis futuras vezes. Ou seja, estive duas horas à espera para servir de testemunha, mas depois acabei por ser "dispensada" porque - felizmente - as partes chegaram a acordo!

Valha-me isso, senão, as duas iriam transformar-se em muitas mais horas!

Pode dizer-se que foi uma primeira vez aceitável, sem traumas e com vontade de voltar (ainda que noutra condição)...

Regresso a meio gás

Depois de ter descurado a actualização deste espaço, volto, modestamente, ao activo.

Apesar dos simpáticos leitores que por esta via (e por outras) me desincentivaram a encerrar o "Já te contei?...", informo que estou a planear o seu fim a médio/curto prazo (ceteris paribus).

Atá lá, e como diz o outro, "não estarei por aqui, mas vou andar por aí"... LOL!!

sábado, 20 de outubro de 2007

Pica-ponto

Enquanto pondero o ponto final no "Já te contei?..." vou fazendo updates quase semanais para não deixar morrer o espaço. De resto há algumas coisas que ao longo dos dias me vou lembrando, mas acabo por não ter tempo (cá está a desculpa de sempre) para passar para a blogosfera.

Não necessariamente por esta ordem de surgimento:

1. Penso que todos - ou pelo menos os mais-ou-menos-europeístas como eu - devemos estar orgulhosos no que respeita ao consenso sobre o novo Tratado da União Europeia, que será por todos conhecido como "Tratado de Lisboa". Com cedências de parte a parte, lá se conseguiu convencer os mais renitentes e parece que é desta que se firmam as assinaturas no papel.
Assunto distinto é a ratificação do mesmo... que já começa a dar que falar. Pessoalmente, tal como já exprimi várias vezes, não concordo com o referendo ao Tratado. Por várias razões, mas sobretudo porque tenho noção de quanto se gasta na preparação de um referendo - e são largos milhares de euros que deixam de ser utilizados em coisas mais úteis (como comprar um novo Série7 aos nossos ministros) - e porque tenho consciência de que 90% dos portugueses não sabem nem querem saber o que é o Tratado, para que serve, qual o seu conteúdo, e de que forma pode afectar as nossas vidas. Isto porque "a Europa" é coisa que ainda está longe de muita gente... Bem mais longe que dois referendos ao aborto e outro à regionalização, que nem tiveram votos suficientes para serem vinculativos. Os portugueses não merecem outro referendo. Para além disso, mal ou bem, elegemos os deputados da Assembleia da República para nos representarem e defenderem os nossos interesses. E na verdade, "ninguém" é mais especializado que eles para fazê-lo. Já que lhes pagamos tão bem, que valham os euros que saem dos nossos bolsos.

2. Por outro lado, continuo a saciar a sede de saber. E cada gole que tomo, com mais sede fico (aqui os marginalistas que me perdoem, mas a necessidade neste caso aumenta, ao contrário do que era suposto). Os mais próximos já me "acusam" de pensar como uma jurista. A verdade é que quanto mais aprendo, mais me apercebo das barbaridades que pensava (e que muitos pensam - porque também há, à semelhança dos treinadores de bancada, os juristas de bancada...) e daquilo que não sei.Infelizmente, porque sou humana e perecível - a médio-longo prazo, mas sou) o grau de satisfação que tiro desta aprendizagem cresce proporcionalmente ao cansaço que se apodera de mim. Diz que quem corre por gosto, não cansa (e não ponhas os lençóis pelo meio, porque isto é a sério), mas a verdade é que estou EXAUSTA.

3. Comecei esta semana (porque na verdade ainda tinha uma hora livre por dia, lembras-te?) aulas de espanhol. Já há muito que queria começar, mas o facto que a entidade empregadora patrocinar, não podia ser mais a calhar. Não sei onde vou arranjar mais tempo para estudar. Na verdade acho que não vou estudar, vou aplicar-me ao máximo nas aulas, e depois apelo ao meu "salero" natural... LOL!

4. Visitei hoje as ruínas romanas da Baixa Pombalina (ou parte delas, até porque o acervo não está todo acessível ao público - nem sequer a descoberto) num dos edifícios do BCP - já que tiveram o investimento, que lhes seja dado crédito por isso... Impressionante o que se pode encontrar debaixo do chão. Marcas "vivas" de civilizações que ocuparam o mesmo espaço ao longo de séculos e séculos! Fantástico. Recomendo. Não demora mais que uma hora, com explicação de uma guia, que destaca os pontos que na nossa ignorância nos escaparia "a olho nú".

E porque a memória me falha, os manuais me chamam, e o tempo é escasso, fico por aqui, por hoje, com o desejo (não a promessa) de escrever com mais regularidade.

sábado, 13 de outubro de 2007

Ponto de situação

Confesso que, por mais que quisesse, não poderia fugir aos únicos temas que neste momento têm espaço na minha cabeça e que têm a ver com o regresso à faculdade (muitos dizem que sou doida, outros admiram a coragem e outros ainda dizem que a minha presunção faz com que não me contente em ser apenas Dra. e queira ser Bi-Dra. - há de tudo).

De qualquer modo, o que me apraz dizer, é que é bom sentir-me inteligente novamente, aprender mais e conhecer novas áreas (ou não tão novas como isso, mas pelo menos aprofundar conhecimentos com mais propriedade).

No entanto, e como se tem notado pela (falta de) regularidade do "Já te contei?" (que aliás, tem sido um dos poucos temas frequentes), há o reverso da medalha, que se traduz na falta de tempo. Basicamente, desde as 7h00, quando me levanto, até às 0h30, em que me deito, acabo por ter cerca de uma hora (não seguida) livre, para pensar em outras coisas, que não trabalho ou faculdade. E visto que nem todos os pensamentos são publicáveis - já que esvaziados de interesse para terceiros - acabo por manter-me o meu silêncio na blogosfera.

Não posso deixar de concordar com o meu professor de economia que defende que o TEMPO é um dos bens económicos mais escassos das sociedades (ditas) desenvolvidas.

Quem tem blogues deve sentir o que eu sinto. A certa altura ele faz parte do nosso dia-a-dia, da nossa vida. É uma parte de nós, sem a qual não nos sentimos completos. É como uma planta que temos que regar com regularidade para não corrermos o risco de deixá-la morrer. E eu começo a sentir que a minha torneira está a secar...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Regresso à urbe

Depois de um fim-se semana prolongado hiper-rústico (mas pouco descansativo) volto novamente ao dia-a-dia de correrias.

Precisava de descansar do fim-de-semana... Quanto tempo falta para o próximo?

TEMPO! FALTA-ME TEMPO!!!

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Ora aqui está algo de que preciso a sério!

Eu sei que o "Já te contei?..." tem andado novamente fora de ritmo, mas com o início da minha nova aventura, o tempo que me sobra para pensar e divagar torna-se quase inexistente, quanto mais para materializar o pensamento em palavras publicáveis...

Toma lá esta musiquinha, a fazer lembrar os pindéricos dos anos 80 (que eu adoro), e que, só pelo título, nos deixa logo a sonhar com coisas boas.

Relaxa. Eu vou tentar fazer o mesmo. Ainda por cima estamos perto de um fim de semana prolongado. IUPI!!!



Took a right to the end of the line
Where no one ever goes.
Ended up on a broken train with nobody I know.
But the pain and the (longings) the same.
(Where the dying
Now I’m lost and I’m screaming for help.)

Relax, take it easy
For there is nothing that we can do.
Relax, take it easy
Blame it on me or blame it on you.

It’s as if I’m scared.
It’s as if I’m terrified.
It’s as if I scared.
It’s as if I’m playing with fire.
Scared.
It’s as if I’m terrified.
Are you scared?
Are we playing with fire?

Relax
There is an answer to the darkest times.
It’s clear we don’t understand but the last thing on my mind
Is to leave you.
I believe that we’re in this together.
Don’t scream – there are so many roads left.

Relax, take it easy
For there is nothing that we can do.
Relax, take it easy
Blame it on me or blame it on you.

It’s as if I’m scared.
It’s as if I’m terrified.
It’s as if I scared.
It’s as if I’m playing with fire.
Scared.
It’s as if I’m terrified.
Are you scared?
Are we playing with fire?

Relax

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Santana volta à ribalta

Pode ter todos os defeitos que lhe quiserem apontar. Eu própria não nutro quaquer simpatia especial por ele, no entanto, acho que ele esteve muito bem ontem à noite, quando se recusou a terminar uma entrevista em directo, para a qual tinha sido convidado, após ter sido interrompido para ser feita a cobertura da chegada do treinador José Mourinho ao aeroporto de Lisboa! “Acha que isto se justifica?”, perguntou à jornalista quando esta retomou a entrevista. Foi tudo ao ar!!



É bem verdade que muitas vezes há interrupções na programação para serem introduzidas notícias de última hora, mas o que é que o país ganha em assistir EM DIRECTO à chegada de um treinador de futebol (fora do exercício de funções), seja ele quem for? Se ao menos fosse para assistir à chegada da selecção de futebol depois de um campeonato, até se percebia, mas isto?...

De facto a ordem de importância dos assuntos parece estar invertida. Quando uma notícia paralela sobre futebol é mais importante que uma entrevista sobre um acontecimento político é porque alguma coisa vai mal. E depois, quer se queira quer não (e apesar de muita gente não se lembrar, o que até compreendo), aquele senhor já foi – ainda que ao estilo dos primeiros Governos provisórios do regime democrático português – Primeiro-Ministro de Portugal. Isso devia ter algum valor.

Até percebo que assunto das eleições directas do PSD não seja o assunto mais interessante nos dias de hoje. Aliás, o circo que se está a formar à volta de uma quezília interna parece-me excessivo e um partido que podia ter a capacidade de liderar massas, está neste momento reduzido a apenas mais um dos partidos da oposição. E diga-se de passagem, com a acção deste Governo, o PSD tinha terreno por desbravar e preparar com calma e segurança a liderança do próximo Governo. Por este andar, não me parece que vá ter grande sorte, mas enfim, isto digo eu, que até nem percebo muito do assunto…

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Evolução na Continuidade

Não, não me refiro ao slogan Marcelista do início da década de setenta. Refiro-me, sim, à nova aventura da minha vida: vou fazer um upgrade, ou seja, evoluir, para continuar na área em que trabalho já há alguns anos, mas com novas perspectivas e abordagens.

Porque sei que ainda não cheguei ao topo do crescimento pessoal e profissional, e porque sei que tenho capacidades para conseguir chegar mais longe, nada como um recomeço, neste ano que parece ser o ano de todas as mudanças.

Confirma-se: De nada vale querer mais cedo o que tem o seu tempo.